Os cursos
do Instituto Federal Fluminense (IFF-Campos), análise e desenvolvimento de
sistemas, engenharia de controle e automação e manutenção industrial, além do
curso de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Fluminense (Uniflu)
tiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC)
referente ao ano de 2011. A nova relação de cursos com notas baixas na
avaliação do Ministério da Educação (MEC) foi publicada ontem no Diário Oficial
da União. A lista tem 38 cursos de 21 instituições de ensino superior, sendo
quatro universidades federais, cinco universidades particulares, cin-co
institutos federais e sete centros universitários.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que as instituições que
tiveram resultados insatisfatórios (nota 1 ou 2) não poderão ampliar vagas nos
vestibulares de 2013. Se comprovarem melhorias, poderão aumentar em 2014,
segundo o ministro.
O pró-reitor de ensino do IFF-Campos, Carlos Márcio Viana Lima, explicou que o
CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente. Na nota
do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a
infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Segundo ele, a nota
obtida, que foi 2 para os três cursos, foi referente ao Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), cujo desempenho influencia diretamente o CPC,
que é um indicador prévio da situação de um curso de graduação numa escala que
vai de 1 a 5, sendo 5 o conceito mais alto. A mesma escala de valores é usada
para o desempenho no Enade.
- A partir desse resultado, vamos iniciar uma campanha de conscientização junto
aos alunos para que entendam que o Enade é um componente curricular. Em muitas
universidades, os alunos boicotam o Enade, pois ele não traz um retorno direto
para o estudante - explicou ele, destacando que uma comissão do MEC deverá vir
à instituição para avaliar o que está acontecendo. Carlos Márcio disse que não
existe o risco dos cursos serem descredenciados.
Já a reitora do Uniflu, Regina Sardinha, disse que a instituição vai entrar com
recurso junto ao MEC pedindo a revisão da nota. “O curso de arquitetura e
urbanismo obteve nota 4 na avaliação feita por uma comissão do MEC. Sabemos que
o Enade avalia o desempenho dos alunos, que respondem questões objetivas e
emitem opinião, mas deve ter havido algum erro”.
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