Segurança do Trabalho:
Onde mais se precisa, menos se faz
É preciso pôr os pés no chão. A realidade da Segurança no Trabalho, pelo menos no Brasil, está muito aquém das expectativas dos livros. Também não é o caso estampar na imprensa especializada no assunto um ar denuncista – isto é – esta imprensa de pires na mão que só pede soluções mas não as forja ou ao menos incita que a população o faça.
Nossa área é, com toda certeza, a de maior potencial em Segurança. Sim, pois os riscos e os lucros são altíssimos. Desta forma, é tão possível implantar um serviço de segurança eficiente nos navios e plataformas quanto acessar a internet nos dias de hoje. Está fácil.
No
entanto, por que esta noção tão óbvia da coisa não sai do papel?
Quem
trabalha com Segurança do Trabalho sabe que a atenção devida à área é puro
investimento. A Segurança e Medicina do Trabalho traz qualidade a todo o
processo. Trabalhadores saudáveis, motivados, menos indenizações, menos
acidentes, menos prejuízos e mais lucro. Talvez
o Brasil não esteja acostumado com isso.
Porém, não podemos cair numa outra fossa que a imprensa criou, que é a
vala comum da depreciação do Brasil e enaltecimento dos EUA e países europeus.
A
postura dos “gringos” nas plataformas brasileiras é assunto para outro texto.
No entanto, é preciso observar que esta postura exerce uma influência muito
grande principalmente no exercício da Segurança do Trabalho.
Basicamente, uma plataforma petrolífera é uma fera domesticada. Um passo
em falso e tudo vai pelos ares. Não estamos tratando de uma pizzaria que, sem o
maquinário adequado, pode levar o cozinheiro a ter uma lesão. Tratamos aqui de
centenas de vidas, prejuízos ambientais que podem ser irreversíveis, bilhões de
dólares pelo ralo.
Eu poderia vestir a carapuça de repórter e dar um grito simbólico
aqui. Essa onda do “Até quando?” não funciona mais. A necessidade da segurança
no petróleo já está mais do que nítida. A ausência de soluções deve durar algum
tempo.
Para quem pergunta: “Até quando?”, eu respondo: A situação da
Segurança do Trabalho nas plataformas de petróleo será deficiente no Brasil até
quando se construir uma consciência prevencionista. Porque Segurança é uma
questão que consegue ser imune até à própria fiscalização. É uma questão de
cultura.
Cultura que nós não temos.
fonte: portalmaritimo.com
Senhores,
Muitas empresas enxergam o Técnico de Segurança como aquele que
dará sua cabeça na hora da guilhotina. Fui instruído no curso (CEFET) pelos excelentíssimos professores a pedir demissão
caso sinta que a contratação foi apenas para assinar laudos prontos, apagar
incêndios e/ou cumprir a NR-04. É melhor ficar um tempo a mais desempregado do que perder a licença.TST's não aceitem uma situação como essa.
O fato é que estes mega-empreendedores do petróleo ainda não entenderam completamente que Segurança é Lucro. Mas é como esclarece texto acima, isso é uma questão de cultura. Cultura que nós não temos.
O fato é que estes mega-empreendedores do petróleo ainda não entenderam completamente que Segurança é Lucro. Mas é como esclarece texto acima, isso é uma questão de cultura. Cultura que nós não temos.
by Avlis Ragde
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