segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Segurança do Trabalho o X da questão!



Segurança do Trabalho: Onde mais se precisa, menos se faz





  


       É preciso pôr os pés no chão. A realidade da Segurança no Trabalho, pelo menos no Brasil, está muito aquém das expectativas dos livros. Também não é o caso estampar na imprensa especializada no assunto um ar denuncista – isto é – esta imprensa de pires na mão que só pede soluções mas não as forja ou ao menos incita que a população o faça.
Nossa área é, com toda certeza, a de maior potencial em Segurança. Sim, pois os riscos e os lucros são altíssimos. Desta forma, é tão possível implantar um serviço de segurança eficiente nos navios e plataformas quanto acessar a internet nos dias de hoje. Está fácil.
No entanto, por que esta noção tão óbvia da coisa não sai do papel?


   Quem trabalha com Segurança do Trabalho sabe que a atenção devida à área é puro investimento. A Segurança e Medicina do Trabalho traz qualidade a todo o processo. Trabalhadores saudáveis, motivados, menos indenizações, menos acidentes, menos prejuízos e mais lucro. Talvez o Brasil não esteja acostumado com isso.
Porém, não podemos cair numa outra fossa que a imprensa criou, que é a vala comum da depreciação do Brasil e enaltecimento dos EUA e países europeus. 


A postura dos “gringos” nas plataformas brasileiras é assunto para outro texto. No entanto, é preciso observar que esta postura exerce uma influência muito grande principalmente no exercício da Segurança do Trabalho.
Basicamente, uma plataforma petrolífera é uma fera domesticada. Um passo em falso e tudo vai pelos ares. Não estamos tratando de uma pizzaria que, sem o maquinário adequado, pode levar o cozinheiro a ter uma lesão. Tratamos aqui de centenas de vidas, prejuízos ambientais que podem ser irreversíveis, bilhões de dólares pelo ralo.




Eu poderia vestir a carapuça de repórter e dar um grito simbólico aqui. Essa onda do “Até quando?” não funciona mais. A necessidade da segurança no petróleo já está mais do que nítida. A ausência de soluções deve durar algum tempo.
Para quem pergunta: “Até quando?”, eu respondo: A situação da Segurança do Trabalho nas plataformas de petróleo será deficiente no Brasil até quando se construir uma consciência prevencionista. Porque Segurança é uma questão que consegue ser imune até à própria fiscalização. É uma questão de cultura.
Cultura que nós não temos.

fonte: portalmaritimo.com


Senhores,
Muitas empresas enxergam o Técnico de Segurança como aquele que dará sua cabeça na hora da guilhotina. Fui instruído no curso (CEFET) pelos excelentíssimos professores a pedir demissão caso sinta que a contratação foi apenas para assinar laudos prontos, apagar incêndios e/ou cumprir a NR-04. É melhor ficar um tempo a mais desempregado do que perder a licença.TST's não aceitem uma situação como essa.
O fato é que estes mega-empreendedores do petróleo ainda não entenderam completamente que Segurança é Lucro. Mas é como esclarece texto acima, isso é uma questão de cultura. Cultura que nós não temos.


by Avlis Ragde








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