Mineradora, siderúrgica, montadora, estaleiro, tudo reunido num só lugar. Essa é a proposta do Porto Central, porto-indústria que será construído numa área de 25 milhões de metros quadrados em Presidente Kennedy, extremo Sul do Espírito Santo próximo à São Francisco de Itabapoana - RJ. A inauguração é prevista para 2015.
Além
de dar um desafogo no principal gargalo logístico do Estado, os terminais
portuários, o empreendimento atrairá uma série de grandes investimentos.
Carregando
a grife do Porto de Roterdã, os holandeses serão responsáveis pela operação do
porto e estudam a possibilidade de entrarem na sociedade, a expectativa é de
que o interesse no projeto seja grande. “Eles dão ao mercado a certeza de uma
boa administração. Além disso, estamos geograficamente muito bem localizados:
de frente para o pré-sal, perto dos grandes centros produtores do Brasil, com
uma hinterlândia que responde por 64% do PIB brasileiro”, assinala José Maria
de Novaes, Diretor do Porto Central.
O
executivo não disse o quanto espera atrair em investimentos, mas se tomarmos
por base o Superporto do Açu, de Eike Batista, que está sendo construído em São
João da Barra, que prevê a atração de US$ 40 bilhões e a geração de 50 mil
empregos, dá para ter uma noção do que vem por aí.
As
parcerias com os futuros clientes, que alugarão os espaços na retroárea,
começarão a ser discutidas com mais profundidade a partir de agora, com o
memorando de intenções, assinado no Palácio Anchieta, e com a confirmação de
Roterdã no negócio, mas alguns clientes parecem já estar bem próximos.
“Nosso
cliente vai se preocupar apenas com o seu negócio. Empresas que tiveram de sair
do Espírito Santo pela absoluta falta de infraestrutura portuária, caso do
ferro-gusa, voltarão”
José Maria de Novaes, Diretor do Porto Central
A
Ferrous tem uma área ao lado do Central, por isso, é grande a possibilidade de
que a mineradora desista de construir o seu próprio terminal e use as
instalações ao lado para escoar o minério que vem de Minas Gerais e no futuro,
quem sabe, construa uma siderúrgica na retroárea do Central.
Os
investidores também aguardam para fechar negócio com um estaleiro. “A Petrobras
já disse algumas vezes que carece de um estaleiro de inspeção e reparo no
Espírito Santo. Reservamos um espaço justamente para isso, aguardamos apenas a
chegada do parceiro para negociarmos”, destacou Novaes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário