A Petrobras acaba de
realizar seu 2º congresso de Segurança , Meio Ambiente, Eficiência energética e
Saúde (SMES), reunindo cerca de mil profissionais, para discursão e troca de
experiência sobre as principais questões relacionadas aos processos de segurança,
meio ambiente, eficiência energética e saúde na companhia.
Estive presente na abertura
do evento, acompanhadas de todos os diretores e presidentes de subsidiárias,
gerentes executivos e gerentes gerais da companhia, quando tivemos a
oportunidade de ressaltar a importância de SMES para a Petrobras.
Como presidente da
companhia, quero dizer que, nessas questões, não podemos simplesmente
filosofar, muito menos nos contentar com o muito que, reconheço, conquistamos
até agora. Em questões de segurança e saúde dos nossos profissionais e respeito
ao meio ambiente, temos de ser absolutamente pragmáticos e conseguir o ideal:
ZERO em estatística de acidentes, vazamentos, afastamentos e mortes no
trabalho.
Não podemos tratar
segurança, meio ambiente e saúde com estatísticas. Eficiência energética pode
ser medida com números. Segurança, não. Não é possível classificar a morte de
um companheiro como mais um acidente de trabalho na companhia. O acidente que o
vitimou não pode viar numero frio em nossa estatística de SMES.
Nenhum trabalhador sai de
casa para morrer no trabalho, porque estava trabalhando. Pode acontecer, claro,
dele ter um mal súbito e morrer no trabalho. E isso pode ocorrer com qualquer
um de nós: Diretor, engenheiro, operador, técnico em laboratório ou
trabalhadores nos escritórios, refinarias ou campos de produção. Mas, como
conseguência da atividade que exercia, não é, definitivamente, aceitável.
Também não podemos tratar
vazamentos com números, volumes, metros cúbicos. O meio
ambiente não merece isso. A Petrobras produz petróleo e gás, mas deve ao meio
ambiente respeito e reconhecimento, materializados na expressão vazamento ZERO.
É para isso que, daqui em diante, vamos trabalhar na companhia. Esse paar a ser
o índice de SMES que nos interressa: Vazamento Zero
Por isso, dez dias depois
de tomar posse como presidente da Petrobras, determinei a formação de um grupo
de trabalho para levantar todos os vazamentos na companhia e para apresentar as
melhores práticas de como evita-los. Esse grupo de tabalho, constituído por
gerentes de todas as áreas da companhia e coordenado pelo SMES corporativo,
apresentou uma proposta de plano de ação para busca do vazamento Zero. Este
plano será acompanhado trimestralmente na diretoria Executiva.
Só este ano, já tivemos do
sistema Petrobras muitos vazamentos, dos mais diferentes tipos. Não importa o
volume, nem o produto vazado, nem onde vazou, se foi no mar, em rios, lençol
freático, no solo ou no asfalto de alguma rodovia. Temos de lutar pelo
vazamento ZERO. Daí a orientação que tenho dado aos diretores, de qualquer
vazamento, de qualquer volume, de qualquer produto, hidrocarboneto ou não, deve
ser comunicado a mim, pessoalmente.
Tenho imensa confiança no
trabalho de SMES da Petrobras. Em muitos anos de companhia, conheço a maioria
dos profissionais e sei da capacidade e da determinação de todos no sentido de
promover campanhas e contribuir para manter a força de trabalho com segurança e
saúde.
Reconheço também a
dedicação de todos em pesquisar e aperfeiçoar processos e adotar as melhores
práticas de preservação do meio ambiente. Temos a obrigação de não causar
nenhum mal a esse meio ambiente, porque é dele que tiramos o provento de nossa
vida, o ar que respiramos. E é dele que geramos riquesas do ponto de vista
econômico para nossa companhia e, conseguentemente para o Brasil.
A diretoria da Petrobras e
eu queremos reafirmar para todos os trabalhadores da nossa companhia o imenso valor
que atribuímos a vida e ao meio ambiente.
Um abraço.
Maria das Graças Silva
Foster
Presidente da Petrobras
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